NOME DE MARIA



A Liturgia celebra, em 12 de setembro, o Nome Santíssimo da Virgem Maria (Miryam, em hebraico). O objetivo dessa festa  é que os fiéis possam recomendar a Deus, de modo especial, por intercessão de Sua Santíssima Mãe, as necessidades da Igreja e as suas próprias necessidades, e agradecer as graças recebidas por intermédio dela.
São Lucas registra: “O nome da Virgem era Maria”. O anjo enviado por Deus diz a ela: “não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus”.

Como era de costume entre os judeus, oito dias após a
Santíssima Virgem nascer, os seus pais deram-lhe, certamente inspirados por Deus, o nome de Maria. 

O nome de Maria, que é hebreu, que dizer em português, senhora soberana. E a Senhora é realmente Soberana, em virtude da soberania que lhe foi concedida pelo Filho, Rei e Soberano do Universo. Chamemos a Maria de Nossa Senhora, pelo título que chamamos a Jesus Nosso Senhor. Pronunciar o seu nome é afirmar o seu domínio, implorar o seu auxílio e colocarmo-nos debaixo da sua proteção maternal.

Todo católico ama e pronuncia muitas vezes o santo nome de sua Mãe Santíssima, amada e imaculada. Quando rezamos o santo rosário o pronunciamos sem cessar, clamando a sua ajuda e poderosa intercessão. “Ave Maria, cheia de graça…”, “Santa Maria Mãe de Deus…”.
Em um de seus sermões dedicados a Nossa Senhora, São Tomás de Villanueva ensina: "Era necessário que a Mãe de Deus fosse também puríssima, sem mancha, sem pecado. E assim não apenas quando donzela, mas em menina foi santíssima, e santíssima no seio de sua mãe, e santíssima em sua concepção. Pois não convinha que o santuário de Deus, a mansão da Sabedoria, o relicário do Espírito Santo, a urna do maná celestial, tivesse em si a menor mácula”.
E São João Eudes escreve a respeito da imaculada concepção de Maria:
"A gloriosa Virgem não apenas foi preservada do pecado original em sua concepção, como foi também adornada da justiça original e confirmada em graça desde o primeiro momento de sua vida, segundo muitos eminentes teólogos, a fim de ser mais digna de conceber e dar à luz o Salvador do mundo. Privilégio que jamais foi concedido a criatura alguma humana nem angélica, pertencendo somente à Mãe do Santo dos Santos, depois de seu Filho Jesus […]
"Todas as virtudes, com todos os dons e frutos do Espírito Santo, e as oito bem-aventuranças evangélicas se encontram no coração de Maria desde o momento de sua concepção, tomando inteira posse e estabelecendo n'Ela seu trono”.
A Santíssima Virgem, em 1830, recomendara a Santa Catarina Labouré a difusão da Medalha Milagrosa, contendo a jaculatória mundialmente conhecida: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.!”(3)
Quatro anos após a proclamação do dogma da Imaculada Conceição, no dia 25 de março de 1858, em Lourdes, Nossa Senhora confirma tal verdade de fé. Quando  Bernadette Soubirous perguntou-Lhe quem era ela, a Virgem Santíssima, depois de estender os braços — como se vê na Medalha Milagrosa —,  juntou as mãos à altura do coração e respondeu: “Eu sou a Imaculada Conceição!”
Em Fátima, Nossa Senhora recomendou a devoção a seu Coração Imaculado e prometeu: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”. Era esta mais uma magnífica confirmação do dogma proclamado pelo Bem-aventurado Papa Pio IX no século XIX.
A Santa Igreja ensina que Maria Santíssima foi preservada do pecado original, na previsão dos futuros méritos da Vida, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele a pré-redimiu desde o primeiro instante da sua existência, sendo ela, devido aos frutos da Redenção, criada em estado de inocência original.
Sendo concebida sem pecado original, ela ficou também preservada de qualquer concupiscência (de qualquer tendência para o mal), que é  decorrência da mancha deixada pelo pecado original, sem no entanto ser culpa pessoal.

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