AS PÍLULAS DE FREI
GALVÃO
As pílulas de Frei
Galvão nasceram do grande amor, zelo e caridade que este santo tinha para com
os doentes. Um dia, não podendo visitar um rapaz que estava com muitas dores,
escreveu em um papelzinho uma invocação à Virgem Imaculada, e disse ao portador:
“leve ao enfermo e diga-lhe para tomar isso com fé e devoção à Maria”. Daí
aconteceu a cura. Posteriormente, fez a mesma coisa para uma senhora em perigo
de morte, no parto. Ela e o filho se salvaram.
Quando Frei Galvão
morreu, as Irmãs Concepcionistas, a quem ele orientava espiritualmente, faziam
estas pílulas e as distribuíam ao povo que acorria às portas dos mosteiros. Há
quase duzentos anos existe a tradição das pílulas milagrosas.
O que são as pílulas?
Um sacramental, objeto de fé. Um sacramental liga-se profundamente à fé, ao
Mistério de Jesus, Salvador. O Sacramental sempre se relaciona com Cristo,
Maria ou os santos. Exemplos: uma imagem, uma medalha, o terço etc. No caso das
pílulas, trata-se de um sinal de fé e de devoção que Frei Galvão tinha à Virgem
Imaculada. As pílulas são expressões do seu amor e compaixão para com os
doentes, sinal de sua confiança na proteção de Maria. Devem ser tomadas em
espírito de fé e devoção.
Temos notícias
constantes das inúmeras graças e curas alcançadas por meio da Novena das
Pílulas de Frei Galvão. Destinam-se aos enfermos do corpo ou do espírito. A
cada enfermo, costuma-se distribuir uma novena: isto é, uma oração para se
rezar 9 dias e um pacotinho com 3 pílulas. Toma-se uma no 1° dia; outra, no 5º
dia; e a terceira no último dia da novena.
(Frei Walter Hugo de Almeida)
Onde obter as pílulas: 1. Mosteiro da Imaculada Conceição
da Luz Tel.: (11) 3311-8745 Av. Tiradentes, 676 CEP: 01102-000 – São Paulo (SP)
Frei Galvão
conquistou fama de santo devido aos seus “poderes sobrenaturais” como andar sem
pisar no chão, estar em dois locais ao mesmo tempo e prever acontecimentos. A
seguir, algumas das histórias registradas no livro “Frei Galvão – sua terra e
sua vida”, de Thereza Regina e Tom Maia.
OS FIÉIS E A CHUVA
Frei Galvão estava celebrando uma missa em frente à igreja de Santo Antônio
quando, na hora do sermão, formou-se uma grande tempestade e os fiéis ameaçaram
sair correndo. O frei pediu para que ficassem, pois nada aconteceria para eles.
O temporal atingiu toda a cidade, menos o local onde eles estavam rezando.
O LENÇO
A família de um senhor de Taubaté, que estava doente e prestes a morrer,
lembraram-no de que ele deveria fazer uma confissão. O homem disse que já havia
se confessado com Frei Galvão, mas ninguém acreditou porque o frei não estava
na cidade. Para provar que estava falando a verdade, ele tirou debaixo do
travesseiro um lenço que o frei tinha esquecido ali na hora da confissão. Na
época, os familiares acabaram acreditando porque o frei já tinha fama do poder
de bilocação (estar em dois lugares ao mesmo tempo).
O FRANGO DO DIABO
Em Itu, um escravo ficou doente e fez promessa que, caso sarasse, levaria
alguns frangos para Frei Galvão. Quando foi curado, o escravo amarrou os
frangos em uma vara, mas no meio do caminho três deles fugiram. Dois foram
capturados rapidamente e o terceiro, um carijó, fugiu velozmente. O escravo
gritou “volta, frango do diabo” e a ave se enroscou em uma moita de espinhos e
foi capturada. Quando ele foi dar o presente, o frei aceitou todos os frangos,
menos o carijó, “porque este frango já o deste ao diabo”.