O Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para
sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. (Salmos 109, 4). Segundo
o Livro do Gênesis (cap.14):
18. Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, mandou
trazer pão e vinho,
19. e abençoou Abrão, dizendo: “Bendito seja Abrão pelo Deus
Altíssimo, que criou o céu e terra!
20. Bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos em
tuas mãos!” E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.
Jesus é o sumo sacerdote
eternamente segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 6,20 Sl 110,4), que permite ao
autor demonstrar a superioridade do sacerdócio “segundo a ordem de Melquisedec”
sobre o sacerdócio levítico israelita
A Igreja e a
própria Bíblia viram sempre, nesta oferta de Melquisedec, a primeira alusão
bíblica à Eucaristia que viria a deixar-nos Jesus Cristo na última ceia.
A
FORMAÇÃO DE UM
PADRE
“O seminário é uma instituição de formação. É diferente das
outras escolas. A maioria das instituições educacionais ensina uma profissão. O
seminário ensina a ser, ensina a viver.”
(Dom Orani Tempesta).
Formação intelectual : O dia a
dia do seminarista é composto por oração pessoal e comunitária, incluindo a
récita da Liturgia das Horas, Santa Missa, trabalhos em equipe e estudo. A formação completa de um seminarista dura 8
anos, com uma jornada de 12 horas diárias, que compreende atividades de
formação acadêmica, humana, espiritual e pastoral.
Ele cursa duas faculdades, sendo uma de filosofia e outra de teologia. Além
disso, recebe aulas de inglês, francês, espanhol, latim, informática e Educação
Física.
A formação espiritual é a leitura meditada e orante da Palavra
de Deus (lectio divina). A vida
de oração fortalece a comunhão, a amizade com Deus. Um destaque especial para a
Liturgia das Horas, eixo fundamental na vida espiritual do sacerdote, onde
podem apoiar-se outros elementos de sua espiritualidade. A
proximidade com a Santíssima
Eucaristia não se restringe à Santa Missa, mas também, aos momentos de Adoração
ao Santíssimo. O seminarista precisa buscar com frequência o sacramento da
Penitência, grande auxílio para a conversão e fonte de abundantes graças.
Nesta
formação reserva-se uma atenção particular na preparação do futuro sacerdote em
relação ao celibato, a fim de que ele conheça, estime, ame e viva o celibato na
sua verdadeira natureza e nos seus verdadeiros fins, nas suas motivações
evangélicas, espirituais e pastorais.
No âmbito pastoral, os seminaristas passam por diversas
experiências em paróquias, hospitais e até mesmo em missão em outros estados do
Brasil a fim de se instruírem em tudo o que se refere, de uma maneira
especial, ao sagrado ministério, sobretudo, na catequese e na pregação, no
culto litúrgico e na administração dos sacramentos, nas obras de caridade, na
obrigação de atender os que erram ou não creem, e nos outros deveres pastorais.
Ao
longo de sua formação, os seminaristas recebem o apoio de vários outros
profissionais como psicólogos, nutricionistas e fonoaudiólogos. No Seminário recebem
alimentação, vestuário e moradia.
O Seminário São José, no Rio de Janeiro, foi fundado em 5 de
setembro de 1739, sendo o primeiro Seminário do Brasil. Em Junho de 2013,
abrigava cerca de 130
jovens discernindo a vocação. Através de
doações e da participação na OVS os fiéis podem ajudar na manutenção do
Seminário e dos seminaristas.
ORDENAÇÃO

O rito da celebração começa com a entrada do bispo e sua saudação ao povo. A seguir, tem lugar a Liturgia da Palavra, com textos relativos ao sacerdócio, à missão do padre na Igreja, no mundo e na História, comentados pelo celebrante, na homilia. Depois disso, começa propriamente o rito da ordenação.
Aquele
que vai ser ordenado padre é chamado a se apresentar. Num gesto simbólico,
despede-se de seus pais e sai do meio do povo, para apresentar-se ao bispo, no
presbitério, dizendo: “Aqui estou”. O futuro sacerdote é apresentado ao bispo
por um formador, que informa o nome e o desejo do candidato de receber a
ordenação. O bispo solicita, além disso, os depoimentos de alguns fiéis, familiares
e amigos, que devem conhecê-lo há mais tempo, garantindo a aptidão para assumir
as funções do sacerdócio. A seguir, o
bispo dirige-se à assembleia, aceitando o candidato, para servir
definitivamente à Igreja, em nome da Trindade: o Pai, que o chamou, o Filho, em
nome de quem ele vai agir, e o divino Espírito Santo, que vai ungi-lo.
O celebrante dirige-se, novamente, ao candidato, para confirmar sua intenção de abraçar o sacerdócio, com as disposições e renúncias necessárias. A cada pergunta, repete-se a resposta conclusiva: ”Eu quero”.
O celebrante dirige-se, novamente, ao candidato, para confirmar sua intenção de abraçar o sacerdócio, com as disposições e renúncias necessárias. A cada pergunta, repete-se a resposta conclusiva: ”Eu quero”.
Prostrado
por terra, o candidato manifesta o reconhecimento de sua nulidade, fraqueza,
pequenez, diante da grandiosidade do ofício que vai assumir. A comunidade se
ajoelha e entoa a Ladainha de Todos os Santos.
Finalmente, vem o momento central da ordenação, que consiste na imposição das mãos pelo Bispo. Esse gesto vem desde os tempos mais antigos dos Patriarcas, passando por Jesus, pelos Apóstolos e chega até nossos dias. Os padres que ali se encontram também impõem individualmente as mãos sobre a cabeça do ordenando. É um momento de muita emoção, no reconhecimento da presença do Espírito Santo. Segue-se a Grande Oração Consecratória, pela qual o candidato é consumado sacerdote para todo o sempre.
O novo padre reveste-se dos paramentos sacerdotais: a alva, ou seja, a veste branca; a estola, símbolo do poder e da santidade do sacerdócio; por último, a casula, traje próprio para a celebração do sacrifício da Eucaristia. Essa “vestição” é feita por um sacerdote, escolhido pelo próprio recém-ordenado, como figura de padre que ele deseja imitar.
O ordenante volta a chamar o novo sacerdote para
ungir-lhe as mãos. Tem início a procissão das ofertas, trazidas pelo povo ao altar, para serem usadas nesta primeira Missa, que ele vai concelebrar com o bispo e demais padres presentes. O novo sacerdote celebrará sua primeira Missa solene na próxima oportunidade, após a Missa da Ordenação.
Ao término da cerimônia, o bispo convida o recém-ordenado a dirigir sua primeira palavra ao povo de Deus e dar-lhe a bênção de suas mãos ungidas, agindo, a partir de agora, na Pessoa de Cristo. Conclui-se a Ordenação com a bênção do celebrante.
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