MÃE DE DEUS


A  MESMA  MÃE  DE  DEUS



A história de nosso país é marcada por um nome acompanhado de muitos atributos:   MARIA.  Desde o início, naquela manhã de Páscoa de 1500, quando do alto da escotilha um marinheiro anunciou terra à vista, a presença da Mãe de Deus se faz presente junto ao nosso povo.
Na caravana do descobridor, com a cruz de Santo Domingos, estava presente a pequenina imagem de Nossa Senhora da Esperança, junto a qual Frei Henrique Soares de Coimbra celebrou a primeira missa no Brasil.
Desde então inúmeras capelas e igrejas, humildes oratórios, suntuosas catedrais, santuários ou simples ermidas foram edificadas pelo povo devoto que, agradecendo ou suplicando, elevava louvores a Deus reconhecendo a intercessão  daquela em quem o Senhor fez maravilhas. Foi assim que, em nossa pátria, a Virgem Maria acabou sendo invocada sob vários títulos. Pelo navegante em meio ao mar bravio, Nossa Senhora do Bonsucesso, da  Boa Viagem, da Guia, dos Navegantes, da Conceição da Praia, da Ajuda, Estrela do Mar (ou Stella Maris).
Nas horas de dificuldades, nossa gente aprendeu a suplicar a intercessão da Senhora da Ajuda, da Piedade, das Dores, da Consolação, Auxiliadora dos Cristãos, do Perpétuo Socorro. Nos momentos de festa e de alegria, o povo a exalta como a Senhora dos Prazeres, da Alegria, do Sorriso, das Graças, da Glória e a Rainha da Paz.
Não há nenhuma cidade em nosso país cuja história, cultura, festas populares não tenha a marca daquela que, um dia, o Espírito Santo revelou, por seus lábios, que todas as gerações a chamariam de Bem-aventurada.
No dia 12 de outubro,  como um único povo que somos, celebramos  a Virgem, que, com toda a justiça, foi proclamada a Padroeira do Brasil. Naquela imagem simples e rústica de terracota, encontrada pelos pobres pescadores em 1717, o símbolo de um povo que, em meio às águas do mar da vida, aprendeu a invocar desde o berço com palavras simples. Aquela que é a mesma e única Mãe de nosso Deus e Senhor, Jesus Cristo. E nas Ave-Marias dos terços e dos rosários, no canto das ladainhas, no ofício de Nossa Senhora, nas novenas, benditos e romarias, nosso povo, nossa gente, reconhece na Mãe do Senhor o exemplo e modelo para os servos, para os filhos, que sempre intercede por nós.
Repetindo as palavras que o Pai do Céu confiou ao Arcanjo Gabriel, queremos  mais uma vez, do fundo da alma e na profundidade do coração, rezar como nossos pais, avós e antepassados há tantos séculos, milênios:  Ave, Maria, cheia de graça... Amém.

(In folheto  A Missa – nº 55 – 12.10.2013)