HISTÓRIA DA CATEDRAL

CATEDRAIS  DO  RIO  DE  JANEIRO
Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro



  HISTÓRIA DA CATEDRAL


Criada em 1676 pela bula do Papa Inocêncio XI, a Diocese, e depois a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro nunca teve Catedral própria, sempre precisou servir-se de igrejas emprestadas. Nos primeiros 58 anos de sua história, ela se instalou na igrejinha que o governador Salvador de Sá mandara fazer de adobes e telha-vã, com três naves, no Morro do Castelo, e que foi demolida em 1922, quando acabou o desmonte do morro.
Em 1734, a Catedral foi transferida do Morro do Castelo para a igreja de Santa Cruz dos Militares, onde permaneceu apenas três anos. Depois mudou-se para a igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, e ali ficou até a chegada da Família Real, em 1808, quando o Príncipe Regente de Portugal, Dom João VI, fez da igreja Nossa Senhora do Carmo, na Praça XV, sua Capela Real, logo elevada, por ele também, à categoria de Catedral.
Só depois de muitas e penosas diligências, a Arquidiocese conseguiu que o então Estado da Guanabara lhe cedesse um terreno no qual foi erguida a nova Catedral, que teve sua pedra fundamental abençoada e lançada por D. Jaime de Barros Câmara, a 20 de janeiro de 1964, sendo Sumo Pontífice S.S. o Papa Paulo VI.
Em 1972, o Cardeal D. Eugenio de Araujo Sales (sucessor de D. Jaime, falecido no dia 18 de fevereiro de 1971), já pôde celebrar a Missa de Natal na nova Igreja. No dia 16 de novembro de 1976, Ano do Tricentenário da Arquidiocese, Sua Eminência sagrou o altar-mor da Catedral de São Sebastião e, em 1979, no dia 15 de agosto, quando comemorava o Jubileu de prata de sua ordenação episcopal, fez a solene Dedicação do Novo Templo, o que pode ser considerado o verdadeiro marco da sua inauguração.
O arquiteto Edgar Fonceca fez o projeto da Catedral com as seguintes medidas: 75 metros de altura externa e 64 metros de altura interna, 106 metros de diâmetro externo e 96 de diâmetro interno, cada vitral: 64,50 x 17,80 x 9,60 metros; área de 8.000 m2, com capacidade para abrigar 20.000 pessoas em pé ou 5.000 sentadas.
Ela tem forma circular e cônica para significar a equidistância e proximidade das pessoas em relação a Deus, lembrando um pouco também a mitra usada pelos bispos nas cerimônias mais solenes; Deus, - como que "desce" das alturas para vir ao encontro do homem - é simbolizado pela luz que se esparrama dos quatro braços da cruz, à qual domina grande parte do teto e tem o seu prolongamento nos quatro vitrais que se ligam aos pórticos. Aqui, os fiéis são como que acolhidos pelo Cristo que foi enviado pelo Pai, morreu e ressuscitou para a nossa salvação, instituiu a Igreja e enviou sobre ela o Espírito Santo. Dedicada ao padroeiro da Arquidiocese - São Sebastião – a Catedral tem como padroeira secundária Sant'Ana.


Igreja de Nossa Senhora do Carmo - Antiga Sé



Por volta de 1590, frades carmelitas instalaram-se numa capelinha, a beira do mar, dedicada à Nossa Senhora do Ó. Em 1619, eles começaram a construir o Convento de Nossa Senhora do Carmo. Com o passar dos anos, formou-se um largo na frente do convento, que hoje conhecemos por Praça XV de Novembro. Em 1761, eles iniciaram a construção da igreja que, a partir de 1808, com a chegada de Dom João, foi elevada à condição de Capela Real, tornando-se, em 1822, Capela Imperial. Foi a única igreja das Américas que serviu de palco para a sagração de um rei e a coroação de dois imperadores. Também foi lá que D. Pedro I e D. Pedro II se casaram. Em 1857, com a abertura da atual Rua Sete de Setembro, foi demolida uma parte da construção, separando a igreja do convento. Durante o governo do Cardeal Arcoverde (1897-1930), a igreja sofreu uma grande reforma que descaracterizou sua feição original. Foi Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro até 1976.
Sendo a igreja mais importante da história do Rio, é conhecida como Antiga Sé. Apresenta talhas originais do final do século XVIII, em estilo rococó, de grande esplendor.  Após uma ampla restauração, o templo foi devolvido à cidade em todo o seu antigo esplendor. Além de várias obras de arte, seu interior guarda ainda os restos mortais de Pedro Álvares Cabral e do primeiro cardeal da América Latina, D. Joaquim Arcoverde, localizados na cripta.