PALAVRA VIVA


 Exaltação da Santa Cruz 
(24º DOMINGO)  

A Festa da Exaltação da Santa Cruz (14/09) é uma das festas mais antigas e importantes da Igreja, comparável à Páscoa. É a celebração do amor de Deus, que não hesitou em dar-nos seu Filho, para ser o nosso salvador. O Prefácio da Missa, intitulado “A vitória da Cruz”, bendiz a Deus por ter posto “no lenho da cruz a salvação da humanidade, para que a vida ressurgisse de onde a morte viera.


E o (inimigo) que vencera na árvore do paraíso, na árvore da Cruz fosse vencido”.  A primeira leitura é a história da serpente de bronze (Nm 21,4-9): os filhos de Israel se impacientam no deserto, falando contra Deus e Moisés, reclamando até mesmo do maná, o pão do céu que o Senhor lhe tinha dado (“estamos com nojo desse alimento miserável”). Quando surgem serpentes que matam muitos deles, arrependidos pedem perdão. Moisés então recebe a ordem de confeccionar uma serpente de bronze numa haste e todos os que olham para ela ficam curados.  “Proibido esquecer!” é a mensagem do salmo 77, que fazendo memória das obras do Senhor e das infidelidades do povo, convida a recordar o perdão infinito de seu Redentor, o Deus Altíssimo.  O trecho da Carta aos Filipenses proclamado na segunda leitura (Fl 2,6-11) é um cântico em louvor a Cristo, servo de Deus. Ele se “esvazia” de sua condição divina, aniquilando-se e assumindo a condição de escravo. Por causa de sua obediência redentora, que o leva até a morte na cruz, ele é exaltado acima de tudo e de todos, e a obediência torna-se caminho para nossa salvação, quando seguimos seus passos.  No Evangelho (Jo 3,13-17) Jesus retoma o tema da primeira leitura ao conversar com Nicodemos sobre sua missão: “do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que os que creem tenham vida eterna. Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho (...) para que o mundo seja salvo por ele”.  Quando olhamos para a cruz somos convidados a ver não somente um instrumento de dor e morte, mas o amor que levou o Filho de Deus a se entregar por nós. Que esse amor nos leve a nos ajudarmos uns aos outros, carregando nossas cruzes de cada dia.  Que tenhamos “cireneus” para nos socorrerem, sendo também “cireneus” para aqueles que sofrem mais do que nós.  Rezemos com toda a Igreja:  “Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos; porque por vossa Santa Cruz remistes o mundo”! Uma semana abençoada para todos!

Padre Célio Calixto