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DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A
O livro do Êxodo (Ex 22,20-26) abre
a liturgia da palavra deste domingo, trazendo alguns preceitos para a boa
convivência fraterna. O Senhor lembra o carinho para com o seu povo, quando
este era estrangeiro, exortando a tratar do mesmo modo os que não pertencem à
nação israelita. Também a viúva e o órfão estão entre os preferidos de Deus,
merecendo toda caridosa atenção, para que o mesmo não aconteça com as mulheres
e crianças de Israel. Na verdade, este modo de falar não constitui uma ameaça,
antes, trata-se de um convite a voltar-se para as próprias entranhas,
descobrindo aí um “DNA” semelhante ao do pai do céu, rico em ternura e misericórdia:
“se clamar por mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso”.
O salmo responsorial (Sl 17)
pertence ao grupo dos salmos de ação de graças, louvando o Senhor, rochedo que
abriga, escudo que protege e esperança de seu povo: “eu vos amo, ó Senhor, sois
minha força e salvação”.
Continuando a leitura da I Carta aos
Tessalonicenses, iniciada no último domingo, no trecho de hoje (1Ts 1,5-10) o
Apóstolo convida a um bom procedimento dos fiéis em Cristo, servos do “Deus
vivo e verdadeiro”, como demonstração de bom acolhimento da Palavra, apesar das
tribulações. Desta forma, a Palavra mesma crescerá e se espalhará por outros
povos, fazendo deles novos discípulos-missionários.
Jesus, no Evangelho (Mt 22,34-40), é
confrontado com a pergunta sobre qual seria o maior mandamento da Lei de Deus.
A resposta surpreende seus interlocutores, pois ele afirma que o maior
mandamento na verdade são dois preceitos inseparáveis (“Amarás o Senhor teu
Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” e
“amarás ao próximo como a ti mesmo”) que, de certa maneira, formam uma síntese
de toda a Sagrada Escritura. Como o apóstolo João afirma em uma de suas cartas,
“quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê”
(1Jo 4,20), ou seja, a maneira de demonstrar que amamos a Deus é pelo amor que
dedicamos às pessoas que ele coloca ao nosso lado.
Concluamos com a oração que nos
acompanhará durante toda esta semana: “Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em
nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para
conseguirmos o que prometeis”.