PALAVRA VIVA

 2º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

       “Concedei-nos, ó Deus, a graça de participar constantemente da Eucaristia, pois todas as vezes que celebramos este sacrifício, TORNA-SE PRESENTE a nossa redenção”.
Estas palavras, que vão nos acompanhar em todas as missas esta semana na oração sobre as oferendas, são uma grande motivação para nossa caminhada de fé! Elas nos dão a certeza da presença de Deus ao nosso lado a cada dia, presença esta que podemos experimentar, de modo particularmente intenso, no mistério do culto litúrgico.

                Deus se dá a nós em sua palavra, proclamada na assembleia celebrante, não apenas nos convocando, reunindo e enviando, mas, sobretudo, revelando-se a cada um de nós. Na primeira leitura deste 2º domingo do tempo comum, o belo e conhecido trecho da vocação de Samuel, ainda menino (1Sm 3,3-19), é comovente a prontidão do inexperiente profeta em atender ao chamado, no que é ajudado pelo feliz discernimento do sacerdote Eli. O Senhor é insistente, e jamais abandona aquele que escolheu: “Samuel respondeu: “Fala, que teu servo escuta.” Samuel crescia, e o Senhor estava com ele. E não deixava cair por terra nenhuma de suas palavras”. Que possamos também nós guardar e vibrar sempre com a palavra de Deus!

                  Encorajados pelo exemplo de Samuel, responderemos no Salmo 39: “Eu disse: “Eis que venho, Senhor!” Com prazer faço a vossa vontade”.

                    Na segunda leitura (1Cor 6,13-20), o Apóstolo recorda a solidariedade entre Cristo e nós: ele se entregou por toda a humanidade, de modo que sofre conosco, para nos ressuscitar consigo. Somos, portanto, membros de Cristo e uns dos outros também: “Deus, que ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará também a nós, pelo seu poder. Porventura ignorais que vossos corpos são membros de Cristo? (...) Então, glorificai a Deus com o vosso corpo”.

                 O evangelho da vocação dos primeiros discípulos segundo João (Jo 1,35-42) registra as primeiras palavras de Jesus: “O que estais procurando?” e a resposta, com uma nova pergunta: “Mestre, onde moras?”, feita por alguém que deseja entrar na intimidade daquele a quem quer servir, e não simplesmente seguir de longe.

                    “Foram ver onde ele morava e permaneceram com ele (...) André foi encontrar seu irmão e o conduziu a Jesus”. Ver, permanecer e testemunhar são as atitudes do verdadeiro discípulo, que queremos pedir ao Senhor também para nós!

Uma semana abençoada para todos!

Padre Célio Calixto 

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