3º DOMINGO DA PÁSCOA – ANO B


Iniciando a terceira semana do Tempo da Páscoa, vamos experimentar a presença do Senhor Ressuscitado no contexto de uma refeição comunitária, como já o fizemos nos domingos anteriores, junto ao sepulcro vazio (1º domingo) e no encontro com os irmãos (2º domingo).
O Prefácio escolhido para esta celebração (“Cristo, sacerdote e vítima”) diz: “Pela oblação de seu corpo, pregado na cruz, Cristo levou à plenitude os sacrifícios antigos. Confiante, entregou em vossas mãos, ó Deus, seu espírito, cumprindo inteiramente vossa santa vontade, revelando-se, ao mesmo tempo, sacerdote, altar e cordeiro”. Tomando parte na ação ritual eucarística, queremos ser, com Jesus, povo sacerdotal que oferece o sacrifício, altar onde a vítima é apresentada e oferenda para o louvor do Pai celeste.
Na sequencia dos Atos dos Apóstolos (At 3,13-19), Pedro dirige-se ao povo sem meias palavras, fazendo-o tomar consciência de seus erros e convidando ao acolhimento da vida nova pascal: “Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos, e disso nós somos testemunhas. Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados”.

O salmo 4, oração da noite por excelência, e que podemos rezar sempre antes de dormir, convida à confiança: “Eu tranquilo vou deitar-me e na paz logo adormeço, pois só vós, ó Senhor Deus, dais segurança à minha vida!”, também com o refrão “Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face!”.
A Primeira Carta de São João (1Jo 2,1-5) fala da misericórdia de Deus, revelada em seu Filho: “Se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo”. Esta missão de Paráclito ou advogado também é a do Espírito Santo, que inspirou as palavras que devemos viver: “Naquele, portanto, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado”.
A narrativa do Evangelho (Lc 24,35-48) acontece logo após a cena com os discípulos de Emaús: tendo-se encontrado com o Senhor, voltam correndo para se encontrar com os outros, quando o próprio Jesus se deixa ver no meio deles e diz: “A paz esteja convosco!”. Assustados e surpresos, os discípulos aos poucos têm a inteligência aberta por Jesus para entender as Escrituras, segundo as quais o Cristo iria sofrer e ressuscitar ao terceiro dia, e em seu nome seriam anunciados “a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém”.
            Que nós também possamos testemunhar tudo isso, exultando pela nossa renovação espiritual e esperando, confiantes, o dia da ressurreição (cf. oração do 3º Domingo da Páscoa).


            Uma semana abençoada para todos!

            Padre Célio Calixto

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