Após a missa da Páscoa na Ressurreição do Senhor, realizada no dia 5 de abril, na Catedral de São Sebastião, no Centro, os moradores em situação de rua ganharam um almoço de Páscoa. No refeitório, os convidados foram acolhidos pelo cardeal arcebispo Dom Orani João Tempesta, que rezou com eles, agradecendo os benfeitores e os voluntários.

O arcebispo, que cumprimentou a todos e ajudou a servir as mesas, lembrou que era um dia especial, diferente, quando a Igreja, em todo o mundo, celebra a alegria da Páscoa do Senhor, o Salvador, que morreu por todos os homens. Disse ainda que o almoço de Páscoa é um sinal de tudo o que acontece, através das ações sociais e de solidariedade nas comunidades paroquiais e instituições católicas de toda a arquidiocese.
De acordo com o pároco da Catedral, monsenhor Joel Portella Amado, o almoço com a população em situação de rua é antigo. O almoço é realizado no Natal e na Páscoa, as duas maiores festas do cristianismo. Aos sábados e domingos, durante todo o ano, a equipe social da Catedral oferece café da manhã para 300 moradores de rua.
“Neste domingo de Páscoa foram servidas 1.200 refeições de feijoada. O prato preferido, gostoso e que alimenta foi preparado por mais de 30 voluntários, envolvendo funcionários da Catedral e pessoas vindas de diversas regiões da cidade, que fazem isso há vários anos de modo generoso e dedicado”, explicou.
O trabalho com a população de rua vem aumentando nos últimos tempos. O pároco da Catedral ressaltou que vários grupos, alguns ligados às novas comunidades, outros de paróquias e outros voluntários, têm ajudado a criar e mesmo a fortalecer uma rede de ação junto à população de rua, dando continuidade entre o Ano da Caridade e o Ano da Esperança.
“Só a alimentação não é suficiente. Temos consciência que é preciso ir mais longe, caminhar com a população de rua no sentido de ajudar na superação desta situação de exclusão. São histórias pessoais muito complexas e diferentes entre si, mas todas trazem consigo o elemento comum do sofrimento. Situações vinculadas a doenças, a conflitos familiares, ao desemprego e assim por diante. Esta realidade multiforme torna o trabalho com a população de rua mais complexo e desafiador”, pontuou monsenhor Joel.
Na busca de encontrar soluções, a Arquidiocese do Rio promoverá no próximo dia 2 de maio, na Catedral, um encontro com moradores de rua e lideranças de comunidades, congregações, e instituições católicas que trabalham na área da caridade social.
“O encontro será um momento mais intenso de contato com a população em situação de rua para ouvir suas histórias na sua variedade e procurar interagir, buscando ajudá-la no encontro consigo mesma, com Deus e com o outro”, concluiu.
Foto: Gustavo de Oliveira
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