No Domingo da oitava da Páscoa, também
chamado da Divina Misericórdia, pedimos a Deus a graça de compreender melhor “o batismo que nos lavou, o espírito que
nos deu nova vida, e o sangue que nos redimiu”.
A liturgia da palavra continua
acompanhando os passos da primitiva comunidade cristã de Jerusalém (At
4,32-35), belo modelo para nossas paróquias e movimentos hodiernos: “A multidão dos fiéis era um só coração e
uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo
entre eles era posto em comum”.
O salmo 117, tipicamente pascal, proclama
as maravilhas da destra do Altíssimo em favor de seu servo, severamente
provado, mas não abandonado às mãos da morte. Na última estrofe, o salmista
canta: “Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele
exultemos!”, ao que a assembleia responde: “Dai
graças ao Senhor, porque ele é bom; eterna é a sua misericórdia!”.

Na segunda leitura, uma passagem da
Primeira Carta de São João (1Jo 5,1-6) explicita o significado do amor cristão,
que é a vida à luz da escritura, participando da vitória da fé: “Pois isto é amar a Deus: observar os seus
mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, pois todo o que nasceu de
Deus vence o mundo. E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé”.
O evangelho (Jo 20,19-31) pode ser
dividido em duas partes, cada uma delas narrando uma aparição do Ressuscitado,
sem e com a presença de Tomé. A primeira delas, no dia mesmo da Páscoa, quando
Jesus dá seus primeiros “presentes” pascais: a paz, a alegria e o Espírito
Santo para o perdão dos pecados.
Tomé, ausente da comunidade, tem
dificuldade para acreditar no testemunho dos irmãos. Oito dias depois, ele está
reunido com os demais e Jesus se faz presente mais uma vez, ao que Tomé
exclama: “Meu Senhor e meu Deus!” e
merece ouvir de Jesus a bem-aventurança:
“Felizes os que creram sem terem visto!”.
Vemos que o questionamento de Tomé foi
proveitoso para nós, que desejamos aquilo que o evangelista escreveu na conclusão
de seu livro: “Jesus realizou muitos
outros sinais. Estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome”.
Uma semana abençoada para todos!
Padre Célio calixto
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