14º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B




            “Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Vosso louvor se estenda, como o vosso nome, até os confins da terra; toda a justiça se encontra em vossas mãos”.

            Com estas palavras do salmo 47 (v. 10s) iniciamos solenemente a XIV Semana do Tempo Comum, em que pedimos ao Pai do Céu: “enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas”.
            Apresenta especial relevo na liturgia da palavra a dimensão profética de nossa vida, explicitada na profecia de Ezequiel e no texto do Evangelho. A primeira leitura (Ez 2,2-5) mostra o enviado de Deus falando em Seu nome a uma nação de rebeldes, de cabeça dura e coração de pedra: “Quer te escutem, quer não – pois são um bando de rebeldes – ficarão sabendo que houve entre eles um profeta”.
            No salmo 122, pedimos a graça de elevar nosso coração e nosso olhar, estando sempre voltados para o Senhor: “Os nossos olhos estão fitos no Senhor: tende piedade, ó Senhor, tende piedade!”.
            São Paulo revela, na Segunda Carta aos Coríntios (2Cor 12,7-10) um pouco de seu drama: tendo pedido ao Senhor que afastasse seu “espinho na carne”, ouviu como resposta: “Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta”. Ele compreende, portanto, que quando aceita passar por perseguições e angústias por amor a Cristo, é para que apareça o poder de Deus, e não a sua debilidade.
            No Evangelho (Mc 6,1-6), Jesus retorna a Nazaré com os discípulos e ensina na sinagoga. Sua sabedoria acaba por escandalizar os ouvintes. Então, diz: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”, prosseguindo seu caminho e ensinando nas redondezas. Se o seu poder curador ali se acha restringido pela falta de fé daquelas pessoas, o mesmo não acontece com sua pregação, que continua vigorosa. Parece querer convidar-nos à criatividade na missão: se algo não der certo, tentemos outra estratégia de ação, que certamente vai dar bons resultados!
            Concluamos com o Prefácio da Oração VI-C, que mostra Jesus como caminho para o Pai: “Ele é o caminho que conduz para vós, a verdade que nos liberta e a vida que nos enche de alegria”.


Uma semana abençoada para todos!
Padre Célio Calixto

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