16º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B


            “É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem defende a minha vida. Senhor, de todo o coração hei de vos oferecer o sacrifício, e dar graças ao vosso nome, porque sois bom”
            Estas palavras do salmo 53 são a Antífona da Entrada desta semana, na qual pedimos a graça de Deus para crescer nas virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade, guardando com fidelidade a palavra do Senhor.
            O profeta Jeremias, na primeira leitura (Jr 23,1-6), expressa a compaixão de Deus por seu povo, que ele quer conduzir com justiça e retidão, ao contrário dos maus pastores: “Eu reunirei o resto de minhas ovelhas de todos os países para onde foram expulsas, e as farei voltar a seus campos, e elas se reproduzirão e multiplicarão. Suscitarei para elas novos pastores que as apascentem; não sofrerão mais o medo e a angústia, e nenhuma delas se perderá”.
            O conhecido salmo do “Bom Pastor” (Salmo 22) é a resposta agradecida do fiel ao pastoreio amoroso de Deus, que o leva por prados, campinas e águas restauradoras. Passando pelo vale tenebroso, a ovelha pode se fartar ao chegar à mesa preparada com finos manjares, por isso proclama: “O Senhor é o pastor que me conduz: felicidade e todo bem hão de seguir-me!”.
            A salvação realizada por Jesus é narrada na Carta aos Efésios (Ef 2,13-18), na qual São Paulo apresenta Cristo como o ponto de união de todos os povos e instrumento de paz para o mundo com a sua cruz: “Ele, de fato, é a nossa paz: do que era dividido, ele fez uma unidade. Quis reconciliá-los com Deus, ambos em um só corpo, por meio da cruz; assim ele destruiu em si mesmo a inimizade. Ele veio anunciar a paz a vós que estáveis longe, e a paz aos que estavam próximos. É graças a ele que uns e outros, em um só Espírito, temos acesso junto ao Pai”.
            Os apóstolos retornam da missão, cansados e felizes, no Evangelho (Mc 6,30-34), e Jesus convida: “Vinde sozinhos para um lugar deserto, e descansai um pouco”. Ele se preocupa com a numerosa multidão, mas também está atento à necessidade dos discípulos, deixando-os repousar, enquanto atende e ensina às pessoas. O Prefácio da Oração Eucarística VI-D (“Jesus que passa fazendo o bem”) é muito expressivo neste sentido: “Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Pai misericordioso e Deus fiel. Vós nos destes vosso Filho Jesus Cristo, nosso Senhor e Redentor. Ele sempre se mostrou cheio de misericórdia pelos pequenos e pobres, pelos doentes e pecadores, colocando-se ao lado dos perseguidos e marginalizados. Com a vida e a palavra anunciou ao mundo que sois Pai e cuidais de todos como filhos e filhas. Por essa razão, com todos os Anjos e Santos, nós vos louvamos e bendizemos, e proclamamos o hino de vossa glória”.


            Uma semana abençoada para todos!
            Padre Célio calixto

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