A solenidade de Nosso Senhor Jesus
Cristo Rei do Universo, instituída pelo Papa Pio XI em 1925, abre a última
semana do Tempo Comum, invocando a vinda do reino “da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e
da paz” (Prefácio de Cristo, Rei do Universo).
A primeira leitura é tirada da
Profecia de Daniel (Dn 7,13-14), na qual aparece um filho de homem, vindo das
nuvens. Ele recebe poder e realeza, e os povos se põem a seu serviço: “seu poder é um poder eterno que não lhe
será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá”.
No Salmo 92, cantamos a realeza
daquele que se revestiu de majestade e poder: “Verdadeiros são os vossos testemunhos, refulge a santidade em vossa
casa, pelos séculos dos séculos, Senhor!”.
O livro do Apocalipse de São João
(Ap 1,5-8) revela Jesus, soberano entre os reis, como o Alfa e o Ômega,
princípio e fim, o que é, que era e que vem, justamente porque “é a testemunha fiel, o primeiro a
ressuscitar e que por seu sangue nos libertou e fez de nós um reino de
sacerdotes para Deus”.
A cena evangélica do encontro entre
Jesus e Pilatos (Jo 18,33-37) põe luz sobre uma das principais características do
Reino de nosso Senhor, que é a Verdade: “Eu
nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que
é da verdade escuta a minha voz”.
Cristo Rei surge como a meta a que
tendem o Ano Litúrgico e todo o peregrinar dos homens: “O Verbo de Deus, pelo qual todas as coisas foram feitas, se encarnou,
de tal modo que, como homem perfeito, salvasse todos os homens e recapitulasse
todas as coisas. O Senhor é o fim da história humana, o ponto para o qual
convergem todas as aspirações da história e da civilização, centro da
humanidade, alegria de todos os corações e plenitude de todos os seus desejos.
A ele o Pai ressuscitou, exaltou e constituiu juiz dos vivos e dos mortos;
reunidos em seu Espírito, caminhamos para a consumação da história humana”
(Concílio Vaticano II, Constituição Pastoral Gaudium et Spes n.45).
Que vivamos nestes dias aquilo que
pedimos a Deus Pai na última oração da missa: “que, gloriando-nos de obedecer na terra aos mandamentos de Cristo, Rei
do universo, possamos viver com ele eternamente no reino dos céus”.
Uma semana abençoada para todos!
Padre Célio Calixto
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