SAGRADA EPIFANIA

          


            “Cristo é a luz que ilumina todos os povos no caminho da salvação. Quando ele se manifestou em nossa carne mortal, nós fomos recriados na luz eterna de sua divindade”.

            Estas palavras do Prefácio da Epifania explicitam o conteúdo desta celebração, caracterizada pela presença dos magos do Oriente, mas que na realidade tem como centro a pessoa do Filho de Deus, salvador de todas as nações.
            A profecia de Isaías (Is 60,1-6) mostra a Cidade Santa, radiante com a chegada do Senhor, acompanhado de povos que vieram de longe: “Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor”.
            O salmo responsorial (Sl 71) exalta o rei justo, que trará prosperidade para todos as pessoas, sem exceção: “As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!”.
            São Paulo, escrevendo aos cristãos de Éfeso (Ef 3,2-6), anuncia que a salvação não é privilégio de alguns, nem está restrita a alguma cultura ou povo, mas destinada a toda a humanidade: “Os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho”.
            No evangelho (Mt 2,1-12), destaca-se a palavra dos magos: “Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”. O mais importante não é saber se eram reis e eram três (estes são dados da tradição), mas sua atitude de empreender uma longa viagem, superando inúmeros obstáculos, para se prostrar diante do verdadeiro rei. Ao mesmo tempo, aqueles que estavam mais próximos e sabiam onde o encontrar, nem se moveram!
            Somos convidados a uma postura mais missionária de sair de nosso comodismo, indo ao encontro de outros irmãos e irmãs, próximos e afastados, contagiando-os com a alegria do evangelho, para que busquem conosco a luz de Deus.
            Faz parte de uma antiga tradição, nestes dias em que celebramos a manifestação do Senhor, anunciar as principais celebrações do ano, centrado na Páscoa de Cristo. Que possamos encontrá-lo com frequência, pois está sempre presente nos mistérios da liturgia.
            A Cristo, que era, que é e que há de vir, Senhor do tempo e da história, louvor e glória pelos séculos dos séculos. Amém.

Uma semana abençoada para todos!
Padre Célio Calixto

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