“O
Tempo da Quaresma visa preparar a celebração da Páscoa; a liturgia quaresmal,
com efeito, dispõe para a celebração do mistério pascal tanto os catecúmenos,
pelos diversos graus de iniciação cristã, como os fiéis, pela comemoração do
batismo e da penitência” (Normas sobre o Ano Litúrgico, 27).
Iniciamos na última quarta-feira,
com o rito de imposição das cinzas, o sagrado tempo da Quaresma, tempo de
provação e de salvação. Somos convidados a um “retiro” de quarenta dias no
deserto, em companhia de Jesus e de sua palavra. É momento de nos atermos ao
essencial, desapegando-nos das coisas supérfluas e fazendo uma revisão de nossa
vida, a fim de voltarmos para o Senhor, experimentando, na Páscoa, uma vida nova!
A primeira leitura resume a fé de
Israel (Dt 26,4-10), mostrando a fidelidade de YHWH e a gratidão de seu povo: “Clamamos ao Deus de nossos pais, ele nos
tirou e conduziu-nos a este lugar, por isso, agora trago os primeiros frutos da
terra”.
O salmo responsorial (Sl 90) quer
ensinar, de forma didática e lírica, aquilo que o historiador acaba de narrar: “Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive
à sombra do Onipotente, diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção, sois o meu
Deus, no qual confio inteiramente”.

O Evangelho (Lc 4,1-13) mostra o
Cristo, cheio do Espírito Santo, conduzido ao deserto, onde nos ensina a vencer
as ciladas do inimigo: “Terminada toda a
tentação, o diabo afastou-se de Jesus, para retornar no tempo oportuno”.
Assim como ele foi vitorioso, nós
igualmente temos condições de sê-lo, seja qual for a variante da tentação que
nos alcançar!
Que possamos nós também experimentar
o carinho de Deus, mesmo no “vale de lágrimas”, dando passos rumo à conversão.
Uma semana abençoada para todos!
Padre Célio
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