“A mim, ó
Deus, fazei justiça, defendei a minha causa contra a gente sem piedade; do
homem perverso e traidor, libertai-me, porque sois, ó Deus, o meu socorro” (Sl 42,1-2)
Esta súplica abre a nossa celebração, externando nosso
desejo mais profundo: nossa sede de Deus e nossa busca pela concórdia entre as
pessoas!
O profeta Isaías (Is 43,16-21), recordando os
prodígios realizados pelo Senhor em favor de seu povo, confia na continuação
desta transformadora obra salvífica: “Eis
que eu farei coisas novas, e que já estão surgindo. Abrirei uma estrada no
deserto e farei correr rios na terra seca. Este povo, eu o criei para mim e ele
cantará meus louvores”.
O salmo 125, exultando de alegria e esperança em Deus,
reafirma essa maravilhosa transformação operada pelo Senhor: “Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como
torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com
alegria. Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de
alegria voltarão, carregando os seus feixes!”.
Também São Paulo, na Carta aos Filipenses (Fl 3,8-14),
aposta na mudança que o encontro com Cristo pode realizar em nossa vida. Sendo
um estudioso e conhecedor da Lei como poucos, o Apóstolo julga que a
experiência de Jesus é agora o valor mais importante, relativizando todo o
restante: “Considero tudo como lixo,
para ganhar Cristo e ser encontrado unido a ele, não com minha justiça provindo
da lei, mas com a justiça por meio da fé em Cristo, a justiça que vem de Deus,
na base da fé. Esta consiste em conhecer a Cristo, experimentar a força da sua
ressurreição, ficar em comunhão com os seus sofrimentos, para ver se alcanço a
ressurreição dentre os mortos”.
No evangelho (Jo 8,1-11), Jesus é questionado pelos
mestres da lei e os fariseus, que querem saber dele o que deve ser feito com a
mulher surpreendida em adultério. Diante da insistência dos interlocutores, ele
diz: “Quem não tiver pecado, atire a
primeira pedra”. Saindo todos, um a um, Jesus fica sozinho com a mulher e
proclama: “Podes ir, e de agora em
diante não peques mais”.
Jesus não veio condenar, mas salvar! Ele não vai
fingir que nós não erramos, mas vai simplesmente propor um caminho novo, onde
poderemos experimentar sua graça e sua infinita misericórdia!
Uma semana abençoada para todos!
Padre Célio
Comentários
Postar um comentário