DOMINGO DE RAMOS – ANO C



Com o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor tem início a Semana Santa, a mais importante de todo o ano, para nós cristãos. O texto introdutório da saudação diz: “Para realizar o mistério de sua morte e ressurreição, Cristo entrou em Jerusalém, sua cidade. Celebrando com fé e piedade a memória desta entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para que, associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua ressurreição e de sua vida”.
Repetindo o gesto do povo de Jerusalém, iniciamos a celebração cantando e aclamando: “Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!” (Lc 19,38). É verdade que as mesmas pessoas gritaram mais tarde: “Crucifica-o! Crucifica-o!” (Lc 23,20). Que nos deixemos converter ao amor do Senhor, para trabalhar sempre com ele – e não somente para ele e muito menos contra ele – para o bem de nossos irmãos e irmãs.
Na primeira leitura é proclamado o Primeiro Canto do Servo de YHWH (Is 50,4-7), que se entrega em sacrifício, em favor de seu povo: “O Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado”.
Com o salmo 21, respondemos: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?”. A oração começa num quase desespero, mas no fim, se abre para a esperança da salvação que vem de Deus: “Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos!”.
O belíssimo hino cristológico da Carta aos Filipenses (Fl 2,6-11) é lido na segunda leitura, mostrando o esvaziamento do Filho de Deus, obediente até a morte de cruz: “Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: ‘Jesus Cristo é o Senhor’, para a glória de Deus Pai”.
A narrativa da Paixão (Lc 22,14-23,56) começa com a última ceia, durante a qual Jesus diz aos apóstolos: “Desejei ardentemente comer convosco esta ceia pascal”. Estando ainda à mesa, o mestre ensina: “O maior entre vós seja como o mais novo, e o que manda, como quem está servindo”.
O evangelista Lucas é o único a registrar que, durante a oração insistente no Monte das Oliveiras, o suor de Jesus “tornou-se como gotas de sangue que caíam no chão”, tamanha era a sua angústia. Também o terceiro evangelho menciona a cooperação entre Herodes e Pilatos na condenação de Jesus (Lc 23,12). Por fim, do alto da cruz, o Cristo ainda tem uma palavra de salvação para um dos malfeitores crucificados com ele: “Hoje estarás comigo no Paraíso”.
Uma semana abençoada para todos!
Padre Célio

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