9º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

   

            “Olhai para mim, Senhor, e tende piedade, pois vivo sozinho e infeliz. Vede minha miséria e minha dor e perdoai todos os meus pecados!” (Sl 24,16.18)

            Retomando o ciclo de leituras do Tempo Comum, o Livro dos Reis (1Rs 8,41-43) apresenta a súplica de Salomão, num contexto de abertura universalista, pedindo ao Senhor que atenda às preces de todos, mesmo dos que não fazem parte do povo de Deus: “Atende a todos os pedidos desse estrangeiro, para que todos os povos da terra conheçam o teu nome e o respeitem, como faz o teu povo de Israel, e para que saibam que o teu nome é invocado neste templo”. Que possamos também alargar o coração no acolhimento daqueles que pensam diferente de nós, ou professam a fé de outra maneira.
            Este convite ao louvor universal, conclamando-nos à missão, continua no Salmo 116, o menor da Bíblia, que diz: “Cantai louvores ao Senhor todas as gentes, povos todos, festejai-o! Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!”.
            A Carta aos Gálatas (Gl 1,1-10), que vai nos acompanhar durante alguns domingos, começa de uma maneira diferente de todas as outras: ao invés de uma longa saudação de ação de graças, Paulo enfatiza que foi chamado ao apostolado pelo próprio Cristo. Em seguida, ele eleva o tom do discurso, um tanto “revoltado” com a atitude da comunidade da Galácia, que deixou de observar os ensinamentos do Apóstolo, para abraçar outras práticas. Ele reafirma sua fidelidade ao evangelho de Cristo, a quem devemos servir, e não a outros gostos ou preferências particulares: “Se eu estivesse preocupado em agradar aos homens, não seria servo de Cristo”.
            O Evangelho apresenta a famosa cena da cura do servo do centurião (Lc 7,1-10), em Cafarnaum. Um oficial romano, ouvindo falar de Jesus e achando-se indigno de ir ao seu encontro, faz um pedido, através de emissários, em favor de um funcionário seu gravemente enfermo: “Ordena com a tua palavra e o meu empregado ficará curado”. Jesus, admirado, declara: “Nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”.
            Em cada celebração eucarística repetimos a frase deste pagão, pedindo a graça de crescer na fé na palavra de nosso bom e querido Deus. Aprendamos com os antigos, que costumavam dar ordens a seus maus pensamentos e paixões com esta mesma confiança, combatendo, assim, os vícios e crescendo na vida espiritual.


Uma semana abençoada para todos!
Padre Célio

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