“O Espírito do Senhor encheu o universo;
ele mantém unidas todas as coisas e conhece todas as línguas, aleluia!” (cf. Sb
1,7)
Esta
antífona de Pentecostes nos ajuda a adentrar o horizonte desta solenidade,
conclusão dos cinquenta dias do sagrado período pascal, quando se comemora o
dom do Espírito Santo derramado sobre os apóstolos, os primórdios da Igreja e o
início de sua missão a todos os povos, raças e nações.
A
oração inicial pede que Deus realize, no coração dos fiéis reunidos em
assembleia cultual, as maravilhas operadas no início da pregação do Evangelho.
Essas maravilhas são descritas na primeira leitura (At 2,1-11): “Veio do céu um barulho como se fosse uma
forte ventania; então apareceram línguas como de fogo. Todos ficaram cheios do
Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas”.
O
salmo responsorial (Sl 103) bendiz a Deus por sua grandeza: “Quão numerosas, ó Senhor, são vossas
obras! Encheu-se a terra com as vossas criaturas! Enviais o vosso espírito e renascem
e da terra toda a face renovais”.
Na
Primeira Carta aos Coríntios (1Cor 12,3-13), São Paulo fala sobre o papel do
Espírito Santo, a pessoa-dom, que na diversidade dos carismas, une todos os
membros da Igreja sob o senhorio de Cristo: “Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. A cada um é dada a
manifestação do Espírito em vista do bem comum. Todos nós, judeus ou gregos,
escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único
corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito”.
A
belíssima Sequência de Pentecostes, Veni
Sancte Spiritus, antecede o Evangelho: “Espírito
de Deus, enviai dos céus um raio de luz! Vinde, Pai dos pobres, dai aos
corações vossos sete dons”. A tradição da Igreja viu em Is 11,2s uma alusão
aos chamados sete dons de santificação do Espírito Santo. São eles: sabedoria, inteligência, conselho,
fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus.
A
narrativa do Evangelho (Jo 20,19-23) é a da aparição aos discípulos no próprio dia
da ressurreição: “Jesus soprou sobre
eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles
lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos””.
É
importante notar que Pentecostes não é uma festa diferente da Páscoa, mas o
coroamento da mesma, como enfatiza o Prefácio: “Para levar à plenitude os mistérios pascais, derramastes, hoje, ó Pai,
o Espírito Santo prometido, em favor de vossos filhos e folhas. Desde o
nascimento da Igreja, é ele quem dá a todos os povos o conhecimento do
verdadeiro Deus; e une, numa só fé, a diversidade das raças e línguas”.
Uma
semana abençoada para todos!
Padre Célio
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