17° DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C


       
  

“Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo” (Sl 67,6-7.36)

            Assim como no último domingo, também neste a liturgia da palavra começa com Abraão (Gn 18,20-32), não mais exercendo sua hospitalidade, mas orando, na presença do Senhor. Ele intercede em favor de Sodoma e Gomorra, cujo pecado agravou-se em demasia. Deus parece estar decidido a exterminar completamente os habitantes daquela região, por causa de seu mau procedimento, mas diante do pedido insistente de Abraão, muda de ideia e não o faz.
            O Salmo 137 agradece a Deus, que atende a oração do fiel, como diz o refrão: “Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!”. O Altíssimo está mais próximo do humilde que do altivo, acolhendo sua súplica nas situações de perigo, e levando-o à perseverança, como mostra o surpreendente final: “Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos!”.
            Continuando a Carta aos Colossenses (Cl 2,12-14), são Paulo lembra a mudança extraordinária que Cristo, com sua obra de redenção, realiza em nós. Com ele sepultados no batismo, fomos ressuscitados pela fé no poder de Deus; mortos pelos pecados, fomos trazidos para a vida, através do perdão: “Existia contra nós uma conta a ser paga, mas ele a cancelou, apesar das obrigações legais, e a eliminou, pregando-a na cruz”.
            No evangelho (Lc 11,1-13), temos uma grande catequese sobre a oração, começando com a prece que o próprio Senhor Jesus ensina, o Pai Nosso. A parábola do amigo importuno, sobre a eficácia da oração, incentiva a não desistir, mesmo quando aparentemente não somos atendidos: “Pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá”.
            Por fim, um ensino sobre o conteúdo da oração. Deus, sendo Pai, sabe do que precisamos, mas quer ouvir, de nossa própria boca, as nossas intenções. Qual o bem maior que podemos pedir, se não o Espírito Santo, que é derramado continuamente sobre nós?
            O Prefácio Comum IV, chamado “O louvor, dom de Deus”, também diz algo muito importante sobre esta modalidade de oração, a menos “interesseira” de todas: “Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, ainda que nossos louvores não vos sejam necessários, vós nos concedeis o dom de vos louvar. Eles nada acrescentam ao que sois, mas nos aproximam de vós, por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso”.
           

Uma semana abençoada para todos!
Padre Célio

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