
“Vaidade
das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade”
(Ecle 1,2).
Com estas palavras inspiradas de
Qohelet iniciamos a Liturgia da Palavra deste 18º Domingo do Tempo Comum. Este
autor, geralmente considerado um tanto pessimista, vê a vida com grande
lucidez. É provável que tenha adquirido muita sabedoria e muitos bens em sua
juventude e, no final da vida, põe-se a refletir sobre o significado de tudo
isso, perguntando-nos: “Que resta ao
homem de todos os trabalhos e preocupações que o desgastam debaixo do sol?”.
O Salmo 89, o único atribuído a “Moisés, homem de Deus”, continua esta
reflexão sobre a sabedoria e o sentido da vida, encontrando no Senhor e na busca
pela construção de uma convivência humana saudável e harmoniosa, a resposta
para seus anseios. Também nós podemos iniciar o trabalho cotidiano com estas
palavras: “Saciai-nos de manhã com vosso
amor, e exultaremos de alegria todo o dia! Que a bondade do Senhor e nosso Deus
repouse sobre nós e nos conduza! Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho”.
São Paulo, na Carta aos Colossenses
(Cl 3,1-11), incentiva essa busca da santidade, que está fundamentada na
vitória de Cristo: “Buscai as coisas do
alto, onde está Cristo, à direita de Deus. Quando Cristo aparecer em seu
triunfo, vós aparecereis com ele, revestidos de glória. Fazei morrer o que em
vós pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça,
que é idolatria. Não mintais uns aos outros”.
No Evangelho (Lc 12,13-21), Jesus
adverte: “Atenção! Tomai cuidado contra
todo tipo de ganância, porque mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de
um homem não consiste na abundancia de bens”.
Em seguida, ele conta a parábola do
homem que só pensava em suas terras, sua colheita, seus celeiros, seu trigo
e seus bens. No final, ele perde
tudo, e Jesus conclui: “Assim acontece
com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”.
Uma semana abençoada para todos!
Padre Célio
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