1º DOMINGO DO ADVENTO – ANO A

    

            O tempo do Advento, com o qual iniciamos um novo Ano Litúrgico, possui dupla característica: ao mesmo tempo em que nos prepara para a celebração do Natal, faz-nos voltar os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo.
            A liturgia da Igreja confirma essa intuição no Prefácio do Advento IA, intitulado Cristo, Senhor e Juiz da História: Vós preferistes ocultar o dia e a hora em que Cristo, vosso Filho, Senhor e Juiz da História, aparecerá nas nuvens do céu, revestido de poder e majestade. Naquele tremendo e glorioso dia, passará o mundo presente e surgirá novo céu e nova terra. Agora e em todos os tempos, ele vem ao nosso encontro, presente em cada pessoa humana, para que o acolhamos na fé e o testemunhemos na caridade, enquanto esperamos a feliz a realização de seu Reino”.
            O profeta Isaías (Is 2,1-5), o mais representativo deste tempo litúrgico, convida: Vinde, todos da casa de Jacó, e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor”.
            O Salmo 121 insiste na mesma ideia: “Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”. E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas”.
            Podemos ter o falso pensamento de que a iniciativa seja nossa! Na verdade, o Senhor já nos quer há muito tempo. Realiza-se, enfim, o encontro de dois desejos, de duas vontades: o coração de Deus, que pulsa por nós desde a eternidade, e nossa busca por estar em sua presença, como lembra São Paulo (Rm 13,11-14): “Já é hora de despertar. Com efeito, agora a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé. A noite já vai adiantada, o dia vem chegando: despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da luz”.
            No Evangelho (Mt 24,37-44), Jesus exorta à vigilância e à oração, enquanto esperamos sua vinda: Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”.
            Que nosso bom e querido Deus nos conceda viver bem este tempo de alegria e esperança, na vigilância e na oração, construindo seu reino de amor e justiça. Concluamos com uma oração: Ó Deus todo-poderoso, concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o reino celeste, para que, acorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.


Uma semana abençoada para todos!
Pe. Célio

Comentários