As leituras da Palavra de Deus selecionadas
para as últimas semanas do Ano Litúrgico querem nos colocar numa perspectiva
escatológica, revelando algo do mistério do fim dos tempos, para que cresçamos
na esperança no tempo presente. A intenção de nosso Senhor e de sua Igreja não
é “assustar” ninguém, mas propor a meditação das realidades últimas, das quais
ninguém pode escapar.
A profecia de Malaquias (Ml 3,19-20)
anuncia que virá o dia, abrasador como fornalha, mas que é para nossa redenção:
“Para vós, que temeis o meu nome,
nascerá o sol da justiça, trazendo salvação em suas asas”.
O Salmo 97 é um hino à realeza do
Senhor que faz maravilhas, revelando a justiça às nações com seu braço forte e
santo. Os confins do universo aclamam, atentos, o convite do salmista: “Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa e
da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso
Rei!”.
Em sua segunda carta à comunidade de
Tessalônica (2Ts 3,7-12), o apóstolo Paulo está preocupado com o comportamento
de alguns que não queriam trabalhar, pensando que assim estariam melhor
preparados para a vinda do Senhor: “Trabalhamos
com esforço e cansaço, de dia e de noite, para não sermos pesados a ninguém. Em
nome do Senhor Jesus Cristo, ordenamos e exortamos a estas pessoas que,
trabalhando, comam na tranquilidade o seu próprio pão”.
No Evangelho, as predições sobre a
destruição do Templo e as aflições finais são anunciadas, com um convite à
perseverança no testemunho até o fim: “Um
povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. Esta será a
ocasião em que testemunhareis a vossa fé. É permanecendo firmes que ireis
ganhar a vida!”.
Uma de nossas dificuldades no
seguimento de Jesus Cristo é discernir como e quando as coisas devem acontecer:
sempre achamos que sabemos melhor que o Senhor!
Que ele nos dê a sabedoria
necessária para trabalhar e esperar que sua vontade se cumpra, sem cair na
preguiça nem no desespero.
Uma semana abençoada para todos!
Pe. Célio
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