
“Festejamos,
hoje, a cidade do céu, a Jerusalém do alto, nossa mãe, onde os santos louvam
eternamente a Deus. Para essa cidade caminhamos, peregrinando na penumbra da
fé. Contemplamos tantos membros da Igreja, que nos foram dados como exemplo e
intercessão” (Prefácio de Todos os Santos).
A Solenidade de Todos os Santos
coincide, neste ano de 2016, com o 32º Domingo do Tempo Comum, substituindo as
leituras e orações desta celebração. Assim, temos a 1ª leitura tirada do livro
do Apocalipse (Ap 7,2-14), convidando-nos a louvar o Senhor, a quem pertencem a
salvação, a glória, a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força.
E nós o fazemos, acompanhando Todos os Santos, isto é, a “multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas”,
eles que “lavaram e alvejaram as suas
roupas no sangue do Cordeiro”.
No Salmo 23, reconhecendo que tudo o
que existe no universo pertence ao Senhor, o salmista se questiona sobre quem
subirá até o monte santo de Deus. Ele mesmo responde que é aquele que tem mãos
puras e coração inocente, isto é, que não deseja o mal e nem o põe em prática: “É assim a geração dos que procuram o
Senhor!”.
São João, na segunda leitura (1Jo
3,1-3), lembra que somos chamados a crescer na semelhança com Deus, nosso
amoroso Pai-Criador: “Desde já somos
filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando
Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele
é”.
A filiação divina também aparece no
Evangelho (Mt 5,1-12), no início do Sermão da Montanha, com as
Bem-aventuranças: “Bem-aventurados os
misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os que
promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”.
Celebrando os santos, nossos
“heróis” na fé, que nos estimulam em nossa caminhada, pedimos a eles que
intercedam por nós, para que possamos também, como eles, irradiar Cristo em
nossa vida. O “DNA” do cristão é, em síntese, a misericórdia, que na oração inicial
da Solenidade, pedimos que cresça em nós: “Concedei-nos,
ó Deus, por intercessores tão numerosos, a plenitude da vossa misericórdia”.
Pe. Célio Calixto
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