
“Salve,
ó Santa Mãe de Deus, vós destes à luz o Rei que governa o céu e a terra pelos
séculos eternos”
Esta antífona, do poeta Sedúlio, nos
introduz na festa que marca a Oitava de Natal e o início do ano civil, Dia
Mundial da Paz. É uma das principais Solenidades da Virgem Maria, juntamente
com sua Assunção e Imaculada Conceição, todas estas, dias de preceito por
celebrarem os principais dogmas marianos.
A primeira leitura (Nm 6,22-27)
transmite as palavras com as quais será invocada a bênção de Deus sobre o povo,
numa fórmula muito utilizada por São Francisco de Assis: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua
face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!”.
O Salmo 66, originalmente uma ação
de graças pelas colheitas abundantes, reveste-se de uma característica muito
singular na celebração da virgindade fecunda de Maria, por ela ter gerado
aquele cujo nome já é, em si próprio, uma invocação de bênçãos para toda a
terra: “Que Deus nos dê a sua graça e
sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós! Que na terra se conheça o seu
caminho e a sua salvação por entre os povos. Exulte de alegria a terra inteira;
que as nações vos glorifiquem, ó Senhor!”.
Uma passagem muito significativa da
Carta de São Paulo aos Gálatas é proclamada na segunda leitura (Gl 4,4-7),
anunciando como o Filho de Deus, nascido de mulher, comunicou-nos a filiação
divina e o Espírito Santo: “Quando se
completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher,
nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que
todos recebêssemos a filiação adotiva. E porque sois filhos, Deus enviou aos
nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá — ó Pai! Assim, já não
és escravo, mas filho; e se és filho, és também herdeiro: tudo isso por graça
de Deus”.
O Evangelho (Lc 2,16-21) continua
aquele da Noite de Natal quando os pastores, ao anúncio do anjo, foram às
pressas ao encontro de Jesus, em Belém: “Tendo-o
visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. Os pastores voltaram,
glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme
lhes tinha sido dito”.
A atitude contemplativa de Maria
deve ser também a de todos os filhos de Deus para que, “alegrando-se com as primícias da vossa graça, possam alcançar a sua
plenitude” (oração sobre as oferendas).
Uma semana abençoada para todos!
Pe. Célio
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